Escorrendo pelas mãos

Como vocês já perceberam, meu blog é oscilante.
Ele dá dicas sobre várias coisas, mas também é um tantinho conjugado em 1ª pessoa.

Presente,  Pretérito, Futuro e seus "agregados": Pretérito Perfeito Simples (Momentos bons), Pretérito Perfeito Composto (Momentos bons com pessoas boas), Pretérito-Mais-Que-Perfeito (Momentos maravilhosos), Pretérito Imperfeito (Momentos em que errei demais), Futuro do Presente Simples (O que eu quero que simplesmente aconteça agora), Futuro do Presente Composto (O que eu quero que aconteça agora junto aquele alguém especial). Futuro do Pretérito Simples (Momentos mais simples que já passaram e que queria que voltassem) e o Futuro do Pretérito Composto (Momentos com aquele alguém especial que gostaria que voltassem). Mas ainda sonho com dia que virá o PRESENTE-MAIS-QUE-PERFEITO.

Uma amiga me disse mais ou menos isso essa semana: "Nós não temos mais idade pra saber SE vai dar certo ou QUEM SABE UM DIA vai dar certo". Eu sei, já passei da fase do Oba-Oba e quero coisas concretas na minha vida: Um lar, uma estabilidade financeira, a realização do sonho. 

Mas eu tenho que abandonar o SE? Ele é tão parte do que já vivi! Porém, sei do que eu quero e o SE muitas vezes me atrapalha, me confunde. Tenho limitações e sinto como se estivessem escancaradas na minha testa como estão no meu coração.

Sei que "o tempo voa e escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir". Sei que "não há tempo que volte"... mas esse bendito SE martela como se houvesse um jeito de voltar e mudar, quando isso não é humanamente possível, mas imaginavelmente sim. E essa vive gritando o SE na minha cara. Essa danada ADORA UM SE!

Muitas vezes eu penso que a música SE do Djavan descreve as conversas que tenho com a minha mente. Bem louco isso, né? Mas, analise a letra e depois me diga se ela não parece uma conversa sua com seus pensamentos.

Estou confusa, mas eu sei o que eu quero. Só espero que o SE escorra para o melhor lado das minhas mãos.