quinta-feira, 25 de abril de 2013

Apaixonar-me mais...



Tem dias que as coisas parecem tão banais; tão pequenas que nada parece confortável... Nada nos cabe, nada nos aconchega, nada dos faz 'em casa'.
A vontade de apertar o botão "Eject" cresce e você quer se ver fora de onde está, dessa sensação em que está.

Quando você olha ao redor e pensa que tudo se encaminha e sente um vazio. Não, definitivamente não é fome! Ou, de certa forme, é fome sim. Mas não de alimentos que se prepara em uma panela, refratário, batedeira, liquidificador, enfim...

É fome de alma; fome de sorriso; fome de cheiro; fome de abraço; fome de toque; fome de cumplicidade; fome de carinho... Fome que encontra fibra nos olhos que hipnotizam cada parte sua e te faz ter uma digestão bem lenta de cada detalhe do rosto. Que sente a vitamina chegar no coração, preenchendo cada canto que esteja vazio, a padecer. Entende?

Vontade de me apaixonar mais... de lembrar o que isso faz com a gente. Quer dizer, eu me lembro, mas não sinto há muito tempo. Mesmo que se negue, abra um sorriso no rosto, gargalhe até o rosto doer, a fome continua ali, guardada como aquela fominha de gelo dentro do congelador.

Carcaça de ferro; mente de sopa quente e alma de brigadeiro de colher. Tá vendo? A fome invade a alma. Mas, não é qualquer salgado ou doce que vai satisfazer essa fome. Não deve ser nada que "engane o estômago". Isso é exigência demais do cliente? Não sei, por muitas vezes penso que sim; em outras, não.

O que sei é que preciso me apaixonar mais, ver se essa fome sacia e queira uma única terra pra fincar raiz e produzir seus frutos.


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